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Indígena do Ceará fala de projeto bem sucedido durante Terra Madre
O projeto Território e Cultura Alimentar, desenvolvido com os povos indígenas Tremembé da Barra do Mundaú e Tabajara de Quiterianópolis, no Ceará, foi apresentado hoje no Terra Madre, evento promovido pela rede Slow Food, em Turim, na Itália. Essa iniciativa é resultado de uma parceria do AKSAAM com o movimento Slow Food Brasil e financiada pelo FIDA (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola).
Alguns detalhes do projeto foram apresentados pela Eleniza Tabajara. Ela ressaltou que estavam da comunidade estavam muito felizes com o sucesso do projeto e com a participação no Terra Madre, para onde foi levado o milho massa, que é usado para fazer o pão dos Tabajara, um cuscuz moldado e assado na palha. Esse grão faz parte da Arca do Gosto, um catálogo mundial criado pelo Slow Food, que identifica, localiza, descreve e divulga alimentos especiais ameaçados de extinção.
Quem também falou sobre a iniciativa foi o coordenador do AKSAAM, Marcelo Braga; Lígia Meneguello, Coordenadora de programas e conteúdos do Slow Food do Brasil; e Nane Sampaio, Educomunicadora e ativista do movimento Slow Food. Eles ressaltaram a importância do projeto a manutenção de práticas culturais relacionadas aos alimentos e o fortalecimento da soberania e segurança alimentar e nutricional dos povos indígenas beneficiados.
Este ano, o Terra Madre reuniu cerca de 1.300 agricultores, povos indígenas, cozinheiros, migrantes e jovens ativistas de 150 países. O programa incluiu palestras, laboratórios para crianças e famílias, além de espaços interativos dedicados à biodiversidade, educação, Laboratórios do Gosto e Encontros à Mesa.