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Uso de lenha na zona rural causa danos para famílias e para natureza
A lenha ainda é o principal combustível para muitas famílias de baixa renda, principalmente na zona rural, e está relacionada a três aspectos: poder aquisitivo, disponibilidade e aspectos culturais. Mas os danos dessa prática são muitos, entre os quais a degradação ambiental, com remoção da floresta nativa; problemas de saúde, já que os fogões tradicionais lançam muita fumaça; e emissões de gases de efeito estufa.
Pesquisadores apontam que, do total de lenha extraída no Brasil, a maior parte vem do Nordeste, devido ao extrativismo vegetal realizado na região da Caatinga, sendo que aproximadamente 80% da lenha retirada é utilizada como fonte de energia. Um dos muitos problemas quando essa extração não é feita de forma sustentável é a alteração do regime das chuvas da região e desertificação.
O “RELATÓRIO DE PESQUISA - Consumo residencial de lenha das famílias rurais em vulnerabilidade social no Semiárido Baiano”, disponível no site do AKSAAM, mostra a realidade com mais detalhes de quem faz uso dessa fonte de energia. A conclusão desse trabalho é que, para as famílias localizadas na região do Semiárido Baiano, é imprescindível que hajam alternativas para os atuais fogões, de modo a melhorar a eficiência energética e a sustentabilidade da região.
Em termos sociais, a implementação de fogões ecoeficientes poderá gerar vários benefícios: redução da emissão de fumaça tóxica dentro dos domicílios e mais qualidade de vida para as famílias, especialmente as mulheres. Com menos tempo gasto cozinhando e coletando lenha, elas têm maior oportunidade de diversificação de atividades de geração de renda.