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Relatório faz avaliação do impacto do Projeto Viva o Semiárido no Piauí
O Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido do Estado do Piauí, conhecido como Projeto Viva o Semiárido (PVSA), começou suas atividades em 2015 com o objetivo contribuir para a redução da pobreza rural no semiárido piauiense, por meio da inserção produtiva e do fortalecimento institucional dos agricultores beneficiários. Trata-se de uma parceria entre o Governo do Piauí e do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), que envolve um montante total de US$ 33,7 milhões.
O PVSA já beneficiou mais de 400 comunidades e 23 mil famílias a partir de ações de desenvolvimento produtivo, desenvolvimento social e humano, e fortalecimento institucional em 5 dos 12 territórios de desenvolvimento do Piauí. No relatório que está disponível no site do AKSAAN, foi feita uma comparação entre o desempenho das famílias beneficiadas pelo PVSA com outras não beneficiadas, antes e depois da implementação do Projeto. Com isso, buscou-se mensurar o impacto das ações do PVSA sobre um conjunto de indicadores.
De modo inovador, calculou-se também o Índice de Pobreza Multidimensional, ao se considerar a pobreza como um fenômeno multifacetado. Para isso, foram caracterizados os domicílios e seus 12 residentes, a renda domiciliar, os bens e o patrimônio das famílias, os efeitos da seca sobre o patrimônio, as práticas agrícolas e ambientais adotadas, aspectos da segurança alimentar, gênero e juventude, condições de habitação e moradia e, finalmente, capital social.
Em relação à investigação da pobreza multidimensional, foi possível notar que a prevalência de famílias pobres caiu entre 2015 e 2020. O índice apresentou um decréscimo de 10 pontos percentuais, sinalizando que as ações conduzidas pelo projeto têm exercido influência positiva para a redução do nível de pobreza multidimensional.
A análise de impacto sobre os indicadores socioeconômicos mostrou que o PVSA elevou de maneira significativa tanto a participação ativa de mulheres e jovens em ações comunitárias quanto o grau de associativismo dos chefes dos domicílios beneficiários. Estes resultados indicam que o Projeto foi efetivo em aumentar o empoderamento de mulheres e jovens, ao mesmo tempo que facilitou a inserção das famílias, com destaque para os chefes, em atividades de socialização.