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Área da Caatinga só tem 11% da vegetação original, diz estudo

Segundo o levantamento, as áreas agrícolas e pastagens abandonadas ou em uso cobrem 89% desse bioma, único inteiramente brasileiro, presente em 10 estados do Nordeste e Sudeste.

Um estudo de biólogos das universidades federais da Paraíba (UFPB) e de Pernambuco (UFPE), publicado em outubro na revista Scientific Reports, mostra que o avanço da agricultura, da pecuária e do desmatamento estão afetando seriamente a vegetação Caatinga. Segundo o levantamento, divulgado também no jornal Folha de São Paulo, as áreas agrícolas e pastagens abandonadas ou em uso cobrem 89% desse bioma, único inteiramente brasileiro, presente em 10 estados do Nordeste e Sudeste.


Os pesquisadores concluíram que restam apenas 11% da área coberta pela vegetação típica do Nordeste, em comparação com a que deve ter existido, sob as mesmas condições de clima e solo, antes da ocupação humana.


De acordo com o biólogo da UFPB Helder Araujo, principal autor do estudo, a vegetação secundária não consegue voltar a ser floresta novamente, mesmo depois de décadas. E, por causa da maior exposição ao sol, haverá menos água no solo quanto menor for a cobertura vegetal.


A restauração da vegetação e a prática de uma agropecuária sustentável seriam a solução para reverter o cenário de degradação e pobreza que atualmente afetam a Caatinga.